
Bata Paulinho da Viola
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Paulo César Batista de Faria
* 12/11/1942 Rio de Janeiro, RJ
Compositor. Cantor. Instrumentista. Filho de Benedito César Ramos de Faria, violonista do conjunto Época de Ouro. Desde criança conviveu com músicos como Pixinguinha e Jacob do Bandolim, que freqüentavam sua casa. Embora seu pai quisesse que o filho seguisse outra carreira que não a de músico, começou a estudar violão sozinho, aperfeiçoando-se, mais tarde, com o amigo Zé Maria. Em Jacarepaguá, onde costumava passar os fins de semana na casa de uma tia, ajudou a organizar o Bloco Carnavalesco Foliões de Anália Franco, para a qual compôs seu primeiro samba. Logo depois, com alguns amigos deste bloco, formou um conjunto no qual tocava violão. Compôs seu segundo samba em 1962, "Pode ser ilusão", quando integrava a Ala dos Compositores da Escola de Samba União de Jacarepaguá. Em 1963, seu tio Oscar Bigode, diretor de bateria da Portela, convidou-o a ingressar nessa escola. Nessa época, estudava contabilidade e trabalhava numa agência bancária. Teve sete filhos, dos quais quatro são com Lila Rabello, irmã de Raphael, grande nome do violão brasileiro, Luciana e Amélia Rabello. Seu filho João Rabello é músico (violonista) e sua filha Eliane Faria é cantora e compositora, integrante da Ala de Compositores da Portela e ex-puxadora de samba da Escola Paraíso do Tuiuti. Em 2002 o jornalista João Máximo lançou a biografia de Paulinho da Viola: "Paulinho da Viola - sambista e chorão, pela série "Perfis do Rio". No ano de 2006 os pesquisadores André e Juliana Diniz publicaram uma biografia direcionada ao público infantil, lançada pela coleção infanto-juvenil "Mestres da Música do Brasil", da Editora Moderna. Em 2012 o jornalista Ruy Fabiano deu início à biografia do compositor intitulada "A filosofia do samba". Em 2017 a cantora e escritora paulista Eliete Eça Negreiros lançou o livro "Paulinho da Viola e o Elogio do Amor" (Atelier Editorial), na Livraria da Travessa, em Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano completou 75 anos, sendo homenageado com depoimentos de vários amigos na imprensa, entre os quais o acadêmico da Academia Brasileira de Letras Geraldo Carneiro: "Paulinho da Viola é uma das pessoas mais elegantes que já conheci. Suas canções delicadas e definitivas demonstram que ele pertence à nobreza do samba e do choro. Se nossa política continuar incompetente, podemos adotar a monarquia e aclamar Paulinho como o Rei. A Rainha? Zezé Motta. E, para dar um toque de anarquia à corte, podemos adotar uma princesa pós-moderna, Alice Caymmi. Assim, se o governo não der certo, podemos fazer dele um musical."
Logo que entrou na Portela, em 1963, compôs "Recado", com Casquinha. Neste mesmo ano, Hermínio Bello de Carvalho, que o conhecera nas rodas de choro e era um dos incentivadores de sua carreira, o apresentou a Cartola. A partir de então, foi convidado para se apresentar no Zicartola (restaurante de Dona Zica e Cartola na Rua da Carioca, no Centro do Rio de Janeiro), tocando violão e cavaquinho, onde fez show com Zé Keti, recebendo seu primeiro cachê. Zé Kéti e Sérgio Cabral deram-lhe o nome de Paulinho da Viola. A partir de 1964 passou a dedicar-se exclusivamente à carreira musical. No ano seguinte, participou do conjunto A Voz do Morro (c/ Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, Zé Kéti, Anescarzinho do Salgueiro e Nelson Sargento), gravando os LPs "Roda de samba" e "Roda de samba 2", nos quais foram incluídas suas composições "Coração vulgar", "Conversa de malandro" e "Jurar com lágrimas" (vol. I), e "Recado" e "Responsabilidade" (vol. II). Neste mesmo ano de 1965, ao lado de Nelson Sargento, Elton Medeiros, Anescarzinho do Salgueiro, Clementina de Jesus e Jair do Cavaquinho, entre outros, participou do musical "Rosa de Ouro", de autoria de Kléber Santos e Hermínio Bello de Carvalho, gravado em LP. Ainda em 1965 Elizete Cardoso, no LP "Elizete sobe o morro", interpretou suas músicas "Rosa de ouro" (c/ Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho) e "Minhas madrugadas", em parceria com Candeia. Em 1966 a Portela foi campeã com um samba de sua autoria, "Memórias de um sargento de milícias", tendo como puxadora oficial a pastora Surica. No ano seguinte, participando do grupo A Voz do Morro, gravou o LP "Os sambistas" e no LP "A enluarada Elizete", a cantora gravou "Depois de tanto amor".. No ano de 1968 lançou em parceria com Elton Medeiros o disco "Samba na madrugada", no qual despontou com o sucesso "Catorze anos", de sua autoria, além de "Minhas madrugadas" (c/ Candeia), "Arvoredo", "Mascarada" (Zé Keti e Elton Medeiros), "O sol nascerá" (Elton Medeiros e Cartola) e ainda "Depois de tanto amor". Nesse mesmo ano, gravou mais um disco solo pela Odeon, no qual incluiu "Vai amigo" (Cartola), "Não te dói a consciência" (Nelson Cavaquinho, Augusto Garcez e Ary Monteiro), "Batuqueiro" (Candeia), "Meu carnaval" (Elton Medeiros e Cacaso) e "Maria Sambamba", de autoria de Casquinha. Ainda neste disco, apareceram futuros sucessos da carreira do compositor: "Coisas do mundo, minha nega" e "Sem ela eu não vou". Ainda em 1968 participou da "1ª Bienal do Samba", da TV Record de São Paulo, quando apresentou a composição "Coisas do mundo minha nega", classificando-se em 5º lugar. Em 1969, no LP "Elizete e Zimbo Trio balançam na Sucata", foi incluída "Sei lá, Mangueira", composta em parceria com Hermínio Bello de Carvalho. A composição tembém foi incluída no LP "A bossa eterna de Elizete e Ciro Volume 2 - de Elizete Cardoso e Ciro Monteiro", lançado pela gravadora Copacabana neste mesmo ano. Neste mesmo ano, foi o vencedor do "Festival da Record" com "Sinal fechado" e recebeu do Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro, o prêmio "Golfinho de Ouro", atribuído por sua obra composta no ano anterior. Ainda em 1969 Clara Nunes ganhou o primeiro lugar no "I Festival da Canção Jovem de Três Rios" com a música "Pra que obedecer", de Paulinho da Viola e Luís Sérgio Bilheri. Em 1970 lançou um de seus maiores sucessos, a composição "Foi um rio que passou em minha vida", que deu título ao disco. No LP despontaram também outras faixas como "Tudo se transformou", regravada posteriormente por Caetano Veloso. Ainda nesse ano, fez a produção do primeiro disco da Velha-Guarda da Portela, "Portela, passado de glória", do qual participaram Monarco, Cláudio, Alcides Dias Lopes (Alcides Malandro Histórico), Antônio Caetano, Vicentina, Aniceto, Manacéa, Armando Santos, Francisco Santana, Iara e Alberto Lonato, além de César Faria. Elizete Cardoso regravou "Foi um rio que passou em minha vida" no LP "Falou e disse". A mesma cantora, no disco "Elizete no Bola Preta com a banda do Sodré", interpretou três composições de sua autoria: "Sei lá, Mangueira", "Foi um rio que passou em minha vida" e "Jurar com lágrimas". Neste mesmo ano de 1970 sua composição "Simplesmente Maria" fez parte da trilha sonora da novela homônima, interpretada por Elcio Alvarez e Grande Orquestra, sendo esta sua primeira composição incluída em novela. No ano seguinte, pela Odeon, lançou o disco "Paulinho da Viola", do qual constaram, entre outras: "Lapa em três tempos" (Ary do Cavaco e Rubens) e "Vinhos finos... Cristais", parceria com Capinam. Participou da "II Bienal do Samba", em São Paulo, com "Sol e pedra", feito em homenagem ao seu ídolo, Nelson Cavaquinho. Neste mesmo ano de 1971 lançou outro LP no qual incluiu as músicas "Cuidado, teu orgulho te mata", de autoria de Mauro Duarte e Walter Nunes, que mais tarde ficaria conhecido como Walter Alfaiate; "Moemá morenou" (c/ Elton Medeiros) e "Para um amor no Recife". Nesse mesmo ano, a RCA e a Abril Cultural lançaram a coleção "Música popular brasileira", sendo o compositor um dos escolhidos. No LP "A dança da solidão", de 1972, interpretou algumas composições que fariam grande sucesso, "No pagode do Vavá" (homenagem ao amigo Norival Reis, conhecido como Vavá da Portela), "Coração imprudente" (c/ Capinan), "Acontece" (Cartola), "Passado de glória" (Monarco) e "Dança da solidão", regravada por Marisa Monte com sucesso. Nesse mesmo ano, Elizete Cardoso, no LP "Preciso aprender a ser só", incluiu "O pranto deste mundo" (c/ Hermínio Bello de Carvalho). No ano posterior, lançou o disco "Nervos de aço", com as canções "Sentimentos" (Mijinha), "Não quero mais amar a ninguém" (Cartola, Carlos Cachaça e Zé da Zilda) e "Sonho de um carnaval", de Chico Buarque. No ano de 1974 teve participação de grande destaque na série "MPB 100 Anos", escrito e dirigido por Ricardo Cravo Albin para o "Projeto Minerva", da Rádio MEC. Na série, transformada em oito LPs, lançados pela gravadora Tapecar, o cantor e compositor participou com metade de um LP, assim como Cartola e Luiz Gonzaga. No ano de 1975 em seu novo disco incluiu várias composições que seriam sucessos naquele mesmo ano: "Amor à natureza", "Argumento" e "Chuva", todas de sua autoria. Ainda neste LP, constaram "Jaqueira da Portela" (Zé Kéti), "Cavaco emprestado" (Padeirinho) e "E a vida continua", de autoria de Zorba Devagar e Madeira. Neste mesmo ano de 1975, ao lado de Elizete Cardoso, Benito di Paula, Gilberto Gil, Jorge Bem, Beth Carvalho, Sônia Santos, Cláudia e Quinteto Violado, integrou a delegação brasileira que participou do "Festival do MIDEM" (Mercado Internacional de Discos e Editoras Musicais), na cidade de Cannes, na França. No ano seguinte, no disco "Memórias cantando", regravou "Coisas do mundo, minha nega" e incluiu composições inéditas com o novo parceiro, o poeta e letrista Sergio Natureza. Também em 1976 a gravadora Odeon, em sua homenagem, editou uma coletânea de dez anos de carreira com alguns de seus sucessos. No ano de 1977 foi lançado o disco "Elizete Cardoso, Jacob do Bandolim, Zimbo Trio e Época de Ouro - Fragmentos inéditos do histórico recital realizado no Teatro João Caetano em 19 de fevereiro de 1968". Neste LP foi incluída sua composição "Rosa de ouro".
Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira