
Camiseta Elton Medeiros
R$ 38,00
3× de R$ 12,66 sem juros
vezes | parcela | total |
---|---|---|
1× sem juros | R$ 38,00 | R$ 38,00 |
2× sem juros | R$ 19,00 | R$ 38,00 |
3× sem juros | R$ 12,66 | R$ 38,00 |
4× | R$ 9,78 | R$ 39,12 |
5× | R$ 7,94 | R$ 39,70 |
6× | R$ 6,72 | R$ 40,32 |
7× | R$ 5,84 | R$ 40,88 |
8× | R$ 5,18 | R$ 41,44 |
Você poderá escolher o número de parcelas ao concluir a compra. * Isto é uma simulação, verifique o valor final das parcelas no intermediador de pagamentos. |
As vendas desta loja estão temporariamente desativadas.
Élton Antônio Medeiros
* 22/7/1930 Rio de Janeiro, RJ
+ 3/9/2019 Rio de Janeiro, RJ
Compositor. Cantor. Produtor. Radialista.
Nasceu no bairro da Glória e aos sete anos mudou-se com a família para o subúrbio de Brás de Pina.
O pai, Luís Antônio de Medeiros, funcionário do Arsenal da Marinha, participava de ranchos - como o Flor do Abacate e Mimosas Cravinas - e costumava fazer festas em sua casa, freqüentada por Heitor dos Prazeres.
Aos oito anos (com seu irmão Aquiles e amigos da vizinhança) formou um bloco que, mais tarde, junto com o Unidos de Sintra, viria a se tornar o União do Amor. Nessa época, começou a compor os primeiros sambas.
No Colégio Interno João Alfredo, onde estudou na adolescência, aprendeu a tocar saxofone e trombone, participando da banda do colégio. Também tocava bateria em um conjunto que animava bailes.
Aos 18 anos largou os estudos e, aos 20, começou a trabalhar como funcionário público. Nessa época, conheceu Zé Kéti, futuro parceiro, e junto com Joacir Santana, do Bloco União do Amor, fundou o Bloco Tupi de Brás de Pina, na rua Guaíba, transformando-se, mais tarde, na Escola de Samba Tupi de Brás de Pina, mais tarde extinta. Fez parte da Escola até 1953 quando foi para a Aprendizes de Lucas. Nessa Escola, fundou a Ala dos Compositores que, de tão organizada, foi chamada para ser madrinha da Ala de Compositores da Portela, onde conheceu Alvaiade, Manacéia, Candeia e Valdir 59.
Em 1954, seu samba "Exaltação a São Paulo", composto para a Aprendizes de Lucas, foi apresentado na Rádio Nacional com arranjo do maestro Radamés Gnattali para violino e caixas-de-fósforo e interpretação de Jorge Goulart. Nessa época, Jamelão gravou de sua autoria "Falta de queda", pela Continental.
Em 1975, ao lado de Wilson Moreira, Nei Lopes, entre outros, participou da fundação do Grêmio Recreativo de Artes Negras Quilombo, idealizado por Candeia.
Aos 17 anos tocava de dia na Orquestra Juvenil de Estudantes, que se apresentava na Rádio Roquete Pinto, e à noite tocava trombone na gafieira Fogão, do compositor Uriel Azevedo.
Em 1959 o cantor Jamelão, acompanhado da Orquestra Tabajara, gravou de sua autoria "Falta de queda".
No início da década de 1960, juntamente com Cartola, Nelson Cavaquinho, Zé Kéti, Nuno Veloso e Jorge Santana, formou o grupo A Voz do Morro, que se apresentou uma única vez em um programa de televisão, desfazendo-se logo depois.
Em 1964, passou a freqüentar o Zicartola. Nessa época, conheceu Paulinho da Viola e iniciou parceria com Cartola, compondo "O sol nascerá". Ainda em 1964, Nara Leão incluiu o samba "O sol nascerá" no show Opinião, composição também gravada no primeiro LP da cantora. Por essa época escreveu, em parceria com o poeta Walmir Ayala, o espetáculo "Chão de estrelas", baseado na vida de Orestes Barbosa.
Em 1965 participou do musical "Rosa de Ouro", de Hermínio Bello de Carvalho e Kléber Santos, junto com Nelson Sargento, Anescarzinho do Salgueiro, Paulinho da Viola e Jair do Cavaquinho, e ainda Clementina de Jesus e Araci Cortes. O musical foi transformado em dois LPs pela Odeon lançados respectivamente nos anos de 1965 e 1967. Ainda em 1965 integrou o conjunto A Voz do Morro, desta vez com uma nova formação que incluiu Zé Kéti, Anescarzinho do Salgueiro, Paulinho da Viola, Jair do Cavaquinho, Oscar Bigode e Zé Cruz - gravou o LP "Roda de samba". Neste mesmo ano Elizeth Cardoso, no disco "Elizeth sobe o morro", interpretou três composições de sua autoria: "Meu viver", (c/ Jair do Cavaquinho e Kléber Santos); "Folhas no ar" (c/ Hermínio Bello de Carvalho) e "Rosa de ouro", em parceria com Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho.
No ano de 1966 acompanhou Clementina de Jesus no "Festival de Arte Negra", de Dacar e fez a trilha sonora do filme "Edu, coração de ouro", de Domingos de Oliveira, participando no espetáculo musical brasileiro do "Festival de Cannes" neste mesmo ano.
Gravou três LPs, de 1967 a 1969, pela Odeon, integrando o conjunto Os Cinco Crioulos, formado por Paulinho da Viola (substituído por Mauro Duarte), Nelson Sargento, Anescarzinho do Salgueiro e Jair do Cavaquinho. No LP do grupo no ano de 1967 "Samba... No duro" interpretou "Aurora de paz", parceria com o poeta Cacaso.
No ano de 1968 lançou em parceria com Paulinho da Viola o disco "Samba na madrugada", no qual despontou com os sucessos "Mascarada" (c/ Zé Keti) e "O sol nascerá" (c/ Cartola). Neste mesmo ano Paulinho da Viola, no primeiro disco individual, interpretou de sua autoria "Meu carnaval", parceria com Cacaso. Neste mesmo ano, integrando o conjunto Rosa de Ouro, participou do show "Mudando de conversa" (c/ Clementina de Jesus, Cyro Monteiro e Nora Ney), para o qual foi produzido o disco homônimo e incluída de sua autoria a composição "Se o carnaval acabar", parceria com Mauro Duarte e Hermínio Belo de Carvalho, interpretada em trio com Cyro Monteiro e Mauro Duarte.
No ano seguinte, em 1969, Elizete Cardoso, no LP "Elizete Cardoso e Zimbo Trio balançam a Sucata", incluiu "Pressentimento" (c/ Hermínio Bello de Carvalho). Neste mesmo ano de 1969, "Não tem mais jeito" (c/ Maurício Tapajós e Hermínio Bello de Carvalho) foi incluída no LP "A bossa eterna de Elizete e Ciro volume 2 - de Elizete Cardoso e Ciro Monteiro", lançado pela gravadora Copacabana e Joel de Castro gravou "Pelas ruas da cidade" (c/ Ivan Salvador). Ainda em 1969 Clara Nunes classificou-se em terceiro lugar "I Festival da Canção Jovem de Três Rios" com a música "Encontro", de Elton Medeiros e Luís Sérgio Bilheri.
No ano seguinte, em 1970, "Camisa branca", composta em parceria com Otávio de Morais, foi incluída no LP "Falou e disse", de Elizete Cardoso, lançado pela gravadora Copacabana.
Em 1973, foi lançado seu primeiro disco solo, do qual destacou-se "Pressentimento" (c/ Hermínio B. de Carvalho), samba que ficou em terceiro lugar na "1ª Bienal do Samba", da TV Record. Nesse ano, atuou com Paulinho da Viola e o Conjunto Época de Ouro no show "Sarau", que contou co direção de Sérgio Cabral.
Participou com Paulinho da Viola do "Festival du Marché International du Disque et d'Édition Musicale", em Cannes, no ano de 1975.
Em 1977, junto a Candeia, Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, participou do show "Roda" e gravou o LP "Os Quatro grandes do samba", pela RCA. Neste mesmo ano foi lançado o disco "Elizete Cardoso, Jacob do Bandolim, Zimbo Trio e Época de Ouro - Fragmentos inéditos do histórico recital realizado no teatro João Caetano em 19 de fevereiro de 1968", no qual foi incluída sua composição "Rosa de ouro".
Lançou o segundo disco em 1980, contendo "Peito vazio", "Sentimento perdido" e "Vida". Neste mesmo ano, Alcione interpretou "A ponte", parceria com Paulo César Pinheiro.
Em 1982, atuou no show "O que se leva desta vida", em homenagem a Cyro Monteiro. Ainda em 1982, Elizete Cardoso regravou "Pressentimento" no LP "Recital - volume 1". A mesma cantora lançou, pela gravadora Som Livre, o LP "Outra vez", disco no qual incluiu "Velha poeira", de sua autoria em parceria com Luís Moura e Paulo César Pinheiro.
Participou do "Encontro Luso-brasileiro de Cultura", em Faro, Portugal, no ano de 1986.
Em 1989, na Festa da Penha, foi agraciado com a medalha de prata pelo 5º lugar com o samba "Lágrimas", em parceria com Ivan Salvador.
Em 1991, fez vários shows e workshops na Suécia, acompanhado pelo conjunto Galo Preto, que também participou de seu terceiro disco, "Mais Feliz", de 1996. No ano seguinte, em 1997, junto a Zé Renato e Mariana de Moraes, fez o show "A alegria continua", transformado em CD ao vivo. Ainda nesse ano, fez parte do show em homenagem a Herivelto Martins junto com Paulinho Moska e Ná Ozzetti no Teatro Sesc - Pompéia, São Paulo.
No ano de 1999, juntamente com Nelson Sargento e Grupo Galo Preto, gravou um CD em homenagem a Cartola, "Só Cartola".
No ano 2000, Zeca Pagodinho regravou "A ponte". Ainda em 2000, abriu a série de quatro shows dedicados a Nelson Cavaquinho, escritos e dirigidos por Ricardo Cravo Albin para o CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em comemoração aos 500 anos do Brasil. Este show, intitulado "Nelson Cavaquinho - parcerias iniciais" foi dividido em cena com Nelson Sargento com acompanhamento do grupo Galo Preto. Neste mesmo ano participou do disco "A música brasileira deste século por seus autores e intérpretes - Paulinho da Viola e os Quatro Crioulos, CD no qual foram reunidos os integrantes do grupo Os Cinco Crioulos em show gravado em julho de 1990 no programa "Ensaio", quando na época teve como convidado Paulinho da Viola, que para sua surpresa, foram também convidados os outros integrantes (Anescarzinho do Salgueiro, Jair do Cavaquinho, Elton Medeiros e Nelson Sargento), em uma homenagem aos 25 anos do antológico show "Rosa de Ouro". O disco foi gravado ao vivo, com conversas e ainda execução de composições da época, entre elas "Quatro crioulos" (Joacyr Santana e Elton Medeiros), "O sol nascerá" (Cartola e Elton Medeiros) e "Rosa de ouro", de Paulinho da Viola, Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho.
Em 2001, ao lado de Nei Lopes, Nelson Sargento, Dona Ivone Lara, Baianinho, Niltinho Tristeza, Casquinha, Zé Luiz, Nilton Campolino, Monarco, Jair do Cavaquinho, Dauro do Salgueiro, Luiz Grande, Jurandir da Mangueira e Aluízio Machado, participou do show "Meninos do Rio", apresentado no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, o bloco Flor do Sereno, do bar Bip Bip, em Copacabana, desfilou com três marchas, sendo uma delas, "Marcha regresso", de sua autoria e em parceria com Maurício Tapajós e Cacaso. Ainda em 2001, lançou pela Rob Digital o CD "Aurora de paz".
Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.